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sábado, 20 de fevereiro de 2021

Os Assuntos pendentes e As Conclusões - Osho


Hoje foi mais um dia como ontem, anteontem, como todos os dias anteriores...

Com seus desafios, enfrentamentos, dificuldades, assuntos pendentes...

Mas a diferença é que se você está centrado, com esse centramento consegue trazer conclusões. Conclusões de assuntos que estavam pairando no seu campo sem conseguir capturar.

As soluções estão sempre ao seu redor. Mas muitas vezes você não consegue acessá-las pela falta de centramento do seu ser.

Os dias são sempre de oscilações energéticas. Ora os chacras estão desalinhados, ora alinhados... mais desalinhados do que alinhados...

Mas nos poucos momentos que o centramento acontece, as conclusões vem junto: as soluções para assuntos que estavam pendentes.

Por isso a rotina nem sempre é uma ferramenta que funciona. Pois não se sabe como estará naquele momento. Algumas pessoas funcionam com regras impostas a si mesmas, com metas e objetivos para si, outras funcionam quando se permitem navegar no rio da vida, seguindo o fluxo, sem muito esforço na direção do que a mente traz como necessidade, mas sim a permitir que seja levado pelas vibrações que os circundam.

Permitir-se ser levado pelas vibrações é o que a vida oferece, não há nada além. E por isso ao resistir apenas gera sofrimento.

Tudo o que existe nada mais é do que vibrações. Nós vibramos, nosso meio vibra, as pessoas vibram, os pensamentos, sentimentos, objetos, elementos... tudo vibra...

Mestre é aquele que se torna capaz de manipular tudo de acordo com sua intenção consciente amorosa, e direciona para as melhores conclusões.

O homem é capaz disso. A mente consciente deixa de ser mente e se torna coração.

Quando se torna coração, se vibra na energia do amor, da plenitude de Deus.

E há algo mais poderoso que a força de Deus?

Quando você direciona a sua capacidade de vibrar, a serviço do coração, trará as melhores soluções. As conclusões se mostrarão facilmente, tudo fluirá.

O esforço na direção dos planos da mente não leva às realizações da alma, leva sim às realizações ilusórias da mente material que apenas confunde o ser humano em um ciclo infindável de repetições.

Quando se permitem fluir e vibrar no amor, quando entregam suas mentes a serviço da consciência, onde nada se almeja, nada existe como objetivo traçado na mente, mas sim se permite silenciar e sentir onde a vida o leva... ah aí sim você experimentará a verdadeira paz.

Não importa se você realiza o desejo de ser o diretor da empresa, ou concluir o curso que deseja, não importam os objetivos traçados. Importa apenas a caminhada.

As conclusões estão aí, pairando no inconsciente... E onde a mente acelerada material tenta interferir, apenas permanecem a dar voltas e voltas sem alcançar uma boa conclusão.

Quando se silenciam e entram em paz consigo mesmos, a mente descansa, e dá lugar à intuição. A intuição os leva a caminhos que não tinham sequer planejado, e os assuntos vão aos poucos se desembaraçando... tudo vai se resolvendo calmamente em um tempo inacreditável. Pois o tempo é quântico. Você pode ter levado horas para criar planos mentais para solucionar algo, mas quando desiste de todos eles silenciando para permitir que a vibração o leve, em poucos segundos tudo se resolve, e as conclusões são ainda mais impressionantes, além do que você seria capaz de imaginar.

O universo trabalha para convergir ideias similares, em algum momento elas irão se encontrar, isso é inevitável. As conclusões e soluções se dão quando esses encontros acontecem. Mas se as partes estão separadas, cada uma perdida em seus processos mentais, os problemas continuam existindo, as resoluções não chegam.

Muitas vezes é necessária uma intervenção, para unir pensamentos, identificar conexões, e costurar uma a uma para que juntas materializem uma linda peça única, resultado da união dos esforços.

Muitos tem esse dom, de costurar, de unir, de formar conexões em prol de algo. Mas isso só é possível quando esse indivíduo que promove as conexões está leve, sem se identificar com nenhum dos personagens em sua volta, sem perder-se em planos mentais, mas entregando-se totalmente e plenamente a serviço do Um.

O Um é nada mais que o amor de Deus. O amor de Deus está nas coisas, nas pessoas, nas conexões. O Um é o amor puro, que só é possível quando as conexões ocorrem sem entraves, onde todos estão a serviço de manifestar seu lado mais puro. E assim o elo mais puro de cada um vai somando a formar uma grande bolha energética de luz... onde as grandes realizações surgem... onde as grandes conclusões acontecem... onde as grandes soluções que unem pensamentos se materializam em planos incríveis, onde uma só mente seria incapaz de planejar.

A dimensão que pode ser alcançada pela união dos laços, é infinita, e as conquistas são inimagináveis... aí estão a força e o poder da humanidade: na união.

Mas a união necessita ser despretensiosa, onde cada um deixa de olhar as suas próprias necessidades para estar a serviço de algo maior que une a todos.

Os emaranhados se desfazem e uma grande malha cristalina e brilhante se cria... onde pulsam cada ser como focos de luz, como estrelas.

Imagine uma grande rede onde os fios são brilhantes ou obscuros. O trabalho é incessante para que os fios sejam sempre brilhantes. Mas para isso cada nó dessa rede, que representa um indivíduo, necessita estar puro, conectado com sua capacidade de manifestar a pureza de Deus, o amor sem pretensões, sem planos mentais, sem ambições. Assim tudo flui.

O jogo de vida é ilusão. A paz é obtida do soltar, do ato de entregar tudo o que a mente é capaz de criar. E permitir-se apenas fluir no rio da vida, que leva ao completo estado de união com o Divino, através do esvaziamento do ser, de se tornar o vazio.

Quando se torna o vazio, se torna leve, e flutua sobre o movimento do rio. Mas esse flutuar não gera sofrimento, pois quando a correnteza está mais forte e violenta, a pena com sua leveza sobe no ar com o sopro do vento, e continua a fluir em paz, até chegar o momento em que o vento se acalma e ela repousa novamente no rio a fluir calmamente.

Quando se busca através de metas e objetivos mentais firmar-se como ser material encarnado, tenta tornar-se forte impondo sua vontade mental sobre sua vida, você não é a pena, você é um pedaço de madeira flutuando no rio. A madeira sente as intempéries porque ela é dura e mais pesada. Ela sucumbe na correnteza do rio e na violenta velocidade das águas quando ficam mais agitadas, que jogam o madeira contra as pedras e ela vai se desgastando, se perdendo, ficando fraca até quebrar e se desmanchar no tempo, sem realizar nada.

A busca por realizar causa isso, o desgaste emocional, mental e físico.

Quando se permite ser a pena ao vento, se experimenta a verdadeira felicidade, em fluir na vontade de Deus.

Osho

Canal: Michele Martini - 19 de fevereiro de 2021.
Fonte: www.pazetransformacao.com.br