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segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Retomando a Alegria - Parte I – Mestra Rowena


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PERGUNTE AOS MESTRES - Respeito e amor próprio


Pergunta:

Muito amados mestres!
Separei-me há 6 dias do meu companheiro, com quem tenho 3 filhos. Estou sofrendo bastante.
Eu o amo, sempre vi nele o que há de melhor, mas demonstrei pouco.  Nossa convivência teve muita briga e muito amor. Reconheço em mim atitudes baseadas em dores muito frequentes, e reconheço que não nutri o nosso relacionamento com o amor grande que sinto. Vivemos sim muitos desafios externos, financeiros e sobretudo com nossos familiares. Convivemos os últimos 6 meses com pessoas bem complicadas da família dele (pois estamos morando no imóvel da família que nos foi oferecido). Antes, 5 anos convivemos com minha mãe, alguns dias por semana, e as situações de ciúme por atenção, comparações, atravessamentos e intolerância eram as mesmas. Mesmo tendo sido difícil, vejo os espelhos que os familiares dele e as atitudes do meu marido são para mim. Foram situações muito densas, com maus tratos e brigas. Cada um de nós dois com suas questões, dores e defendendo com brigas o ponto de vista de cada um, eu o meu e ele o dele. Mas nos nossos momentos de paz, somos uma família muito linda, dá quase para ver o amor que emanamos.
Agora que saí da casa, vejo duas facetas minhas internas. Vi a que sente raiva dele e não o validou, e vejo muito a faceta que o ama realmente.
Ontem, depois de uma briga (ele está tendo atitudes de muita raiva), quando ele veio pegar as crianças para passar o dia, eu, mesmo muito machucada e com raiva também, senti claramente que o caminho agora tem que ser pelo amor.  Me veio como um clarão e visualizei que o único acesso a ele para resolvermos a situação e termos paz será dizendo com verdade quanto sinto falta, amo, e reconhecer as tentativas de amor e dedicação dele que eu não estava reconhecendo.  Mas logo em seguida, a mente já vem sentindo as dores e passo a pensar a partir da mente que fui muito desrespeitada e que tenho que manter a separação, principalmente após uma conversa com minha mãe. Mas depois ponderei e me veio a mesma clareza de que o caminho é pelo amor.
Amados, qual lição tenho que aprender com esse relacionamento?  Não quero separar uma família linda, nem que as crianças sofram.  Existe ainda chance de nós sermos felizes um com o outro?
Vejo que tenho os insights de ações curadoras e mais verdadeiras na relação e na vida, mas não consigo colocar em prática. Sempre alguma dor (rejeitada, excluída, autoestima baixa, não me postar com minha verdade, me escondendo atrás da boazinha) me vem à tona e ajo a partir dessa dor.
Por favor me orientem. Eu preciso mesmo de uma orientação.  Com a dor da separação, sinto a força de reatar e colocar em prática as coisas que preciso. Sinto a força do amor (e do amor próprio também) para demonstrar e agir como os insights que tenho.
Sou muito grata pela ajuda. Pois me sinto muito sozinha. Opiniões diversas e as situações densas que vivi (o pai dele viciado e a irmã que me odeia) nos últimos meses me minaram um pouco, mas me ajudaram a enxergar como preciso me valorizar mais.
Preciso de ajuda queridos.
Com amor e muita gratidão.

Resposta:

Amada irmã, o sentimento nobre do amor sempre existirá pelos que passarem pela sua vida. É escolha sua se permanece na mesma lição por toda uma vida, ou se está preparada para olhar para frente e deixar vir o novo.
Por trás das tuas palavras estão muitas facetas do medo, da solidão, da maternidade sozinha, da culpa que pode criar em si mesma ao ver os seus filhos com pais separados... enfim, essas facetas do medo estão obscurecidas e disfarçadas por justificativas infundadas, minha filha.
Sabes que cada um tem sua própria estrada de aprendizado. E cabe apenas a ti avaliar a sua vida e decidir se está preparada ou não para seguir adiante, dando mais um passo na sua evolução, ou se deseja permanecer na mesma energia.
Tu és livre para decidir. Liberte-se das opiniões alheias e conecte-se com o amor. Mas não o amor que usa como justificativa para ceder ao medo do novo. E sim o amor verdadeiro que deixou de lado por muitos anos: o amor por si mesma, pela sua experiência, pela sua vida.
O respeito, minha filha, tu deves aprender a alimentar por si mesma antes de exigir dos outros. Atrairá por vibração relações respeitosas quando aprenderes a respeitar a si. Avalie as atitudes e as decisões que toma, se essas estão fundadas no respeito e no amor por si mesma.
Você é a sua fonte de poder.

Maria Padilha das Almas

17 de agosto de 2020
Fonte: www.pazetransformacao.com.br