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segunda-feira, 18 de junho de 2018

Física Quântica aplicada para Sustentabilidade - Michele Martini


Nos dias atuais, o tema sustentabilidade se tornou algo impalpável, imensurável, não se trata apenas de cálculos de impacto ambiental ou social, mas sim uma necessidade de se aprofundar na questão energética, visão sistêmica e global. Há a necessidade de retomar os estudos dos grandes pensadores e cientistas, físicos quânticos, como Capra.

As ferramentas de medição não são capazes de trazer hoje o impacto em dimensão quântica de cada decisão, de cada rota a ser tomada. Por isso esbarramos em vários impeditivos quando buscamos adotar uma métrica, afinal, o mundo se transforma o tempo todo. A Nova Era se materializa e arrasta todo o “modo velho” de vida para que seja revisto e reformulado com base em algo nunca concebido.

O erro está na insistência em algo já conhecido. Revisar bases de dados ou mudar as ferramentas que trabalham no mesmo conceito não é a solução, é apenas uma forma de adiar uma transformação mais radical e necessária.

Saberemos como fazer produtos sustentáveis quando passarmos a ter uma visão sistêmica, inciando pelo amor, pois ele é a energia colocada no produto que está sendo fabricado, ou até idealizado, e que esse amor permeie todas as decisões e etapas do processo. Que tudo no planeta seja feito por todos e para todos, com o verdadeiro compromisso de fazer algo melhor.

O olhar para aqueles que estão escondidos atrás, nos bastidores de tudo o que é feito, trazendo qualidade de vida, alegria, realização, propósito, para cada agente que faz parte da construção de um produto, resultará em produto sustentável. Pois cada substância, cada molécula de vida, emoção, colocada em um produto, torna ele carregado com energia de algum nível de qualidade. Pois fazer um produto é uma transferência de energia. Tudo é energia, tudo é amor.

Quando é que começaremos a falar de amor e colocá-lo naquilo que fazemos? Desde as relações que estabelecemos com os objetos, ingredientes, pessoas... todos necessitam desse toque de amorosidade.

Mas quando falo em amor, falo em olharmos para o nível de satisfação dos trabalhadores, sua qualidade de vida, alegria, falo dos operários, pesquisadores, formuladores, técnicos, e tudo o que está relacionado a eles, bem como em todas as etapas, até a destinação final do produto, após passar pelas mãos do consumidor, sem esquecer da fonte de origem de cada ingrediente, que a forma de extração, cultivo, preparo, seja permeada de amor e respeito por todos os seres como iguais, como Um. Isso é a verdadeira inclusão, isso é trabalhar holisticamente, sistemicamente, é a visão quântica colocada em prática em nossas ações. Haveria algo mais sustentável do que isso?

Afinal passamos muitos anos tentando racionalizar algo que Capra nos trouxe há muito tempo, quando despertou o mundo para a verdade de que somos parte de uma teia, a teia da vida, que estamos todos conectados.

Seres racionais e métodos mentais nunca serão capazes de mensurar tudo isso, pois não somos ainda capazes de saber o que é o verdadeiro amor. Rotulamos a nós mesmos como seres racionais, mas já foi revelado pela física quântica que não somos racionais, e sim amorosos, quânticos, multidimensionais. E continuamos a insistir e afirmar nossa incapacidade de acessar níveis elevados de consciência e sabedoria. Negamos o amor.

O verdadeiro amor não fala sobre “como”, mas sim sobre “viver”. Viver integrado e cientes que nossas decisões, desde as pequenas, se materializam através de um pensamento direcionado a algo, o carregando com um certo tipo de energia. Nossa natureza quântica é viver o momento presente e guiados pela intuição.

O mundo não pode ser moldado pelo racionalismo, e sim deve ser vivido pela intuição que vem do coração, pelo amor incondicional a tudo o que existe, a tudo que é vida, isso nos fará entender o que é visão sistêmica.

Materializaremos a Nova Era com o combustível do amor, e que, recebido pela intuição, trará as soluções a serem implementadas, aterrissadas nesse plano. Daremos o salto quântico planetário através de cada pequena molécula de vida transformada, desde um pensamento enraizado na mente que é dissolvido na sabedoria adquirida da experiência, até as grandes transformações globais trazidas de eventos coletivos.

Tudo o que fazemos é um produto: as palavras que proferimos, as que escrevemos, as emoções que sentimos, os trabalhos que realizamos em nossa área de atuação específica, desde um documento entregue no trabalho, até um estudo na escola, tudo o que realizamos, até o ato de respirar, é um produto que entregamos ao planeta, e os manufaturados não são diferentes disso, fazem parte pois também são energia e são carregados de energia de todos aqueles que fizeram parte de sua história, que contribuíram para a sua existência. Isso não seria fazer a verdadeira Gestão do Ciclo de Vida (GCV) de um produto?

Somos seres multidimensionais, mas ainda não temos ciência da nossa capacidade de utilizar essa natureza quântica para permear o nosso dia a dia, o nosso trabalho, relações e decisões.

Tudo o que existe está conectado em um nível, e por isso, apenas faremos um mundo mais sustentável quando usarmos dessa ferramenta inata: a consciência.

Michele Martini - 18 de junho de 2018. (VI Congresso Brasileiro sobre Gestão do Ciclo de Vida - Brasília-DF)

Fonte: www.pazetransformacao.com.br