Filhos do meu coração,
Gostaria de aproveitar para lhes falar sobre como as experiências são conduzidas em suas vidas. A vida na Terra é uma escola, onde decidiram vir para experimentar e para viver experiências sensoriais. Vocês todos absorvem essas experiências através dos seus sentidos físicos.
Esses sentidos, muitas vezes são despertados gerando desconforto físico, mostrando a vocês que algo precisa ser trabalhado. Estão então sendo experimentados através da experiência da matéria.
Mas as experiências somente têm servido para que possam dizer algo sobre elas. É algo simples, amados, mas como seria falar de algo que não foi vivido? Como criar uma concepção de algo pela experiência que não é sua? Então vocês decidiram experimentar por vocês mesmos tudo o que a vida tem a oferecer, como oportunidade de aprendizado.
Essas situações que se repetem nas vidas de vocês, mostrando que algo precisa ser trabalhado, mas onde não encontram uma solução, uma saída, e não conseguem compreender qual é o aprendizado que deve ser absorvido de tal experiência, estão presentes nas vidas de vocês para que possam transcendê-las.
Como transcender as experiências que não os agradam? Vivendo-as. Aceitando-as. Envolvendo-se com aquela experiência e não fugindo do contato com elas.
Todas as experiências agregam um julgamento às suas consciências. Esse julgamento pode ser válido ou inválido. Se for válido, vocês repetem, porque lhe agregou algo. Se for inválido, tentam descartar, por ser desinteressante. E aí estão os pontos que devem ser trabalhados. Todas as experiências na matéria devem ser vividas intensamente, sem a fuga que muitas vezes vocês buscam, por tentarem estar sempre envolvidos em situações que ressoam com vocês, que estão caminhando mais alinhadas com as suas naturezas.
As negações das experiências trazem os desconfortos físicos, que podem ser identificados como dores de cabeça, problemas de ansiedade e estomacais como gastrite, úlcera e outros. Todos esses problemas são apenas manifestações da retenção da energia antiga, que não se abre à mudança. Que não permite que a nova experiência chegue e faça parte das suas vidas, e é quando se fecham para experimentá-las, e então acabam retendo essa energia de contradição, que nega o novo que chega para vocês para os ensinar algo.
Mas vejam que há experiências válidas que causam dor, porque ensinam. Mas há aquelas que são válidas porque causam prazer.
Todas devem ser experimentadas e levadas na vida de forma equilibrada. Sempre são necessárias doses de cada uma, de forma a revezá-las, para que vocês possam sempre aprender e elevar-se em sabedoria.
Se estiverem sempre inseridos em meios e em experiências que os agradam, onde estaria o aprendizado e a evolução, filhos? Lembrem-se que a encarnação é uma escola que só finaliza o ano letivo quando chega o momento do desencarne, e ainda assim trazendo muitas vezes novas oportunidades futuras para complementar os aprendizados. Todos os aprendizados somente poderão ser absorvidos a partir do momento em que deixarem de lado aquele modo de ser que é a sua natureza, para então experimentarem novas formas de viver.
Mas com o passar do tempo algumas experiências válidas se tornam inválidas, porque deixam de ter sentido. Mas para isso a experiência necessita ser compreendida, assimilada e transcendida. Tornando-se inválida, ela deixará de existir, porque a sua consciência deixará de a abastecer.
Mas isso somente ocorrerá a partir do momento em que aceitarem viver as experiências, para que então absorvam os aprendizados. Então ancorarão em seus registros, mais sabedoria e informações, que servirão na sua caminhada de evolução. Quando esse estágio é atingido, então vocês passam a viver um novo momento de calmaria, onde vivem de forma intensa a sua verdade, mas que agora já se torna diferente do que era antes, pois ancoraram mais informações e crescimento em sua história.
Mas percebam o grande anseio que possuem em experimentar, de viver determinadas experiências. Pois apenas saberão se são válidas ou inválidas, se forem vividas.
A vida, então, é para se viver, é para se experimentar, para se atirar, pois todas as experiências na matéria são válidas, embora com o tempo possam deixar de ser.
Joguem-se no meio onde estão inseridos, participem das experiências que as pessoas à volta de vocês estão vivendo, permitam-se entrar nessa sintonia de alegria e aprendizado, para então trazer o conhecimento para vocês, de ter vivido algo a mais, que fará parte da sua história.
Não se restrinjam em viver fechados apenas nas suas zonas de conforto, e onde já encontraram tudo o que os agrada. Não há culpa, não há nada que não lhe agreguem no infinito. Pois no universo, toda energia recebida, jamais permanece infinitamente estável. Tudo é transitório. Até mesmo a própria experiência na matéria. E para torná-la transitória, deve aceitar viver as experiências. Para que não continuem carregando com vocês, a necessidade de repetição dos mesmos aprendizados.
Na vida, tudo se dilui, como a poeira no ar. Aproveitem para sentir os sabores, os cheiros, as texturas, a temperatura, aquilo que os seus corpos lhe proporcionam, pois isso é viver também. É ter algo para dizer, independente se é válido ou inválido.
Ninguém experiencia a vida, sentado em sua casa, pensando que a vida é apenas aquele mundo que sai de dentro uma caixa eletrônica com som e imagem.
A vida é feita de contatos, de sabores, de aventuras e, porque não, de riscos. De algo que se possa dizer válido ou inválido. Mas para isso, há a necessidade de viver, de experimentar. Portanto, vivam a vida, deixem as mágoas, os receios, as dores, e apenas sintam, sendo válido ou inválido, agregando ou não. Pois como saberiam sem terem vivido? O importante é que viveram o amor e a decepção, a amizade e a traição, o bem e o mal, pois isso é ser dual, válido ou inválido.
Ao final vocês verão que tudo os engrandeceu, e no fundo poderão dizer: Eu vivi! Não foi pela janela que vi a vida passar! Pulei na vida e o salto é válido!
Estejam em paz.
Sou Kuan Yin
Canais: Michele Martini e Thiago Strapasson - 21 de fevereiro de 2017.