Translate

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Você vai brilhar nas Luzes da Ribalta – Mestre Saint Germain


Leia ao som da música:

Já é hora de falar em ascensão.

Muito da carne vivenciastes nas labutas dessa vida.

Tantas foram as vezes que erraste, a fim de aprender ainda mais com a retomada do teu poder interior para iniciar uma nova jornada, movida pela sabedoria adquirida e pela força que reside dentro de ti.

A cada queda, a cada lição, lembraste de tua luz interior.


Ainda que permanecesse por algum tempo a lamuriar-se pelo erro cometido, chegava o momento em que despertava para a sua luz interna, a iluminar com a sutileza da compreensão e da aceitação, que nada havia para que sofreste novamente. Descobria que tudo foste criado pela mente.

Lembrando das feridas curadas do passado, é possível sentir e observar o personagem a discorrer a história com a qual se identificava. Movia-se para todos as lados, procurando de alguma forma encontrar as suas raízes, o sentido para sua existência.

Estavas sempre cercado de espelhos. Por isso não havia maneira de encontrar uma saída do labirinto mental que criaste. Para onde olhasse, apenas visualizava você mesmo.

Tentaste incorporar múltiplas facetas, para que por algum momento tivesse a sensação de nascimento de um novo ser em teu coração. Mas as múltiplas facetas permaneciam dentro do ciclo de ilusão, e mostravam através dos espelhos, os aspectos que o personagem vinha a sustentar, e que se negava a soltar.

A hora da partida já era tardia. É possível se lembrar de vários momentos que percebeu que já tinha passado o momento da mudança. A ânsia pela transformação vinha como uma onda de um mar revolto, a destruir antigos padrões de forma até violenta. Pois não era mais possível observar o lago calmo enquanto o furacão explodia em teu interior.

Cansaste da vida. Desististe de insistir em mudanças bruscas, e até forçadas, para que o mundo em tua volta viesse a satisfazer tuas ambições. Tu precisavas de um estímulo, que florescesse teu ser, que despertasse a mudança em ti, e alimentasse a tua ânsia de fugir.
Quantas vezes pensastes em fugir. Planejaste diversas formas de fuga, mas nenhuma delas saciou a tua sede. Morrias na praia todas as vezes que tentavas fugir de teus problemas, deparando-se com encruzilhadas que a vida impunha, a manter-te vinculado a um padrão antigo e a um sistema controlador.

Recebeste por tantas vezes o aviso de que não era a hora. De que não era daquela maneira que tudo iria se transformar, que necessitavas ter calma e paciência. Necessitavas aprender a criar a própria realidade com o poder do coração. Afinal, dentro de nós está a capacidade transformadora de sombra em luz.

Sabias da tua capacidade em modificar a tua realidade, assim como sabias de teu poder pessoal, da força criativa que carregavas, mas ainda assim não era forte o suficiente em confiança e fé para mover-se em direção à mudança.

Tentaste algumas vezes planejar, por meios desesperadores, a mudança brusca. Mas não obtiveste sucesso em tuas ambições, que eram sempre movidas pelo sentimento de fuga e bloqueadas pelo medo.

Até que despertas para a única verdade: Há apenas uma força criativa que tem o poder suficiente para promover as transformações que desejavas, mas para que conseguisse conectar com essa energia poderosa, precisavas abandonar todas as outras formas de poder e de força que tinha conhecido até ali. Era necessário renunciar a toda crença adquirida no trajeto.

Para sobreviver, agarrou-se a muitas crenças, e esqueceu-se de tua verdade, de teu poder de brilhar. Sabias que carregavas o poder, mas se via fraco, indefeso, necessitado de ajuda como um pássaro ferido e impedido de voar.

Ocorre que o ferimento era mental, e não físico. Manifestastes em tua vida física, restrições suficientes para mantê-lo aprisionado dentro da ilusão da incapacidade de voar.

Em algum momento alguém veio a ti e o despertou para a verdade, abriu a porta da gaiola que o libertaria, mas pensaste estar incapacitado de voar. Afinal, foi um longo tempo aprisionado em tua mente, que foi capaz de criar grades em tua volta.

Viveste toda uma vida envolvido por grades, pensando que estas eram reais. Mas elas eram apenas uma lembrança de um passado remoto, que não tinha raízes e força para criar algo de tamanho poder controlador em tua vida. Mas tu mesmo, tua mente, deu a essa crença o combustível e a energia que ela necessitava para que se mantivesse preso por todo esse tempo.

E não era a grade da gaiola que o prendia, mas a crença que carregava de que era incapaz de voar.

Um dia chega a ti um velho sábio, e ele mostra que a porta da gaiola esteve sempre aberta. Ele sabia, na verdade, que não havia gaiola, mas você não estava preparado a compreender tal ousadia. Já seria muito difícil de aceitar que a porta da gaiola estava aberta, mas acreditar que não havia gaiola estava além da sua capacidade de compreensão.

Tu criaste as grades para se proteger do seu voo libertador. O voo é incerto, você não saberia para onde voar, por onde começar. Então criou as grades em volta de ti para afirmar repetidamente que não era capaz de transformar. Isso lhe deu um certo conforto, por um tempo. Mas é chegado o dia em que não mais é capaz de sustentar essa ilusão.

Foi necessário que alguém viesse a dar o primeiro empurrão, pois você não acreditaria por você mesmo, tamanho envolvimento que havia criado com a sua ilusão. Foi necessário que uma luz acendesse em teu coração, a mostrar que a porta da gaiola estava aberta. Mas você tinha medo de voar para fora, pois era um mundo desconhecido.

Dentro da gaiola estava você, um velho amigo, que carregava suas manias e medos, suas restrições. Dentro da gaiola você se sentia preso, impedido de voar. Mas ainda assim lhe transmitia um certo conforto. Esse conforto foi bom para lhe trazer segurança, confiança. Mas também contribuiu para manter você dependente daquele estado, se sentindo incapaz de mudar, de experimentar quem você poderia ser do lado de fora das grades.

Agora que a porta da gaiola está aberta, não seja inconsequente e ambicioso demais para tentar fazer com que a gaiola toda desapareça. Apenas aprenda a experimentar a sensação de saber que a porta da gaiola está aberta, e você é livre para experimentar.

Tolo seria você de pensar que pode, nesse estágio, fazer a gaiola sumir de sua mente. Ainda não é o momento. Mas você pode se aproximar da porta que está aberta. Você pode tentar sair, sentir o ar do lado de fora. Saia, experimente, voe por lugares que nunca voou, e então retorne para a gaiola.

Você ainda fará isso por algum tempo. Até que um dia acordará imerso no ar. Não haverá poleiro, não haverão grades ou gaiolas, não haverá absolutamente nada, e então podemos falar de ascensão com você. Pois essa é a experiência mais valiosa e maravilhosa da vida. esse é o seu objetivo, libertar-se no vazio.

O vazio é o seu objetivo final, e um dia chegará a ele.

Por hora, experimente aproximar-se da saída da gaiola, acostume com a ideia que pode sair no momento que desejar. A evolução é um processo gradativo. Não seja impulsivo a trazer sofrimento para a sua vida. Permita que o fluxo ocorra naturalmente, e entregue-se ao que a vida presenteia a você no aqui e agora.

Se a porta está aberta, acostume-se com essa ideia, experimente essa sensação de viver ali, observando a porta, aproximando-se dela, e quem sabe ultrapassando-a em alguns momentos. Essa experiência não se repetirá. É valiosíssima. Você agradecerá por eu o ter avisado para não sair abruptamente, pois as doses de liberdade e esperança que vão se acumulando em seu coração irão se somar.

Mas ter a oportunidade de senti-las e acolhê-las uma a uma, é única. Você nunca mais viverá esse momento. Delicie-se com o que a vida apresenta a você. Esse despertar é maravilhoso, e levará você a brilhar nas luzes da ribalta.

Mestre Saint Germain

Canal: Michele Martini – 07 de janeiro de 2019.

Fonte: www.pazetransformacao.com.br