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quarta-feira, 21 de junho de 2017

Bem-aventurados os humildes de espirito – Mestres Serapis Bey e Kuan Yin



Recomendamos a leitura ao som da música: In the Soul



Filhos,

Muitas vezes vocês chegam em um ponto em que simplesmente não compreendem quando a vida caminha com naturalidade, que os desafios que surgem já não os arrastam como antes. Vocês percebem que nada mudou, tudo está lá como antes, mas simplesmente vocês mudaram, vocês mudaram a forma como viam o mundo. E isso se deu de uma maneira tão natural, que nem mais se lembram como eram antes, quando nada acontecia e fluía como agora.

E nesse ponto, pode ser que se questionem: deve haver algo errado. Porque já não tenho tantos problemas como antes, não encontro mais dificuldades em meus dias?


E, ao invés, de terem gratidão e observarem que vocês mudaram, que modificaram sua forma de reagir e assim a vida se tornou mais leve, mais suave, vocês se questionam se não haveria algo de errado em seus dias.

Vocês percebem que nada mudou em suas vidas, tudo está da mesma forma, nada foi tirado ou colocado em outro lugar. Tudo está como era. Mas a partir do momento que olham a vida de uma maneira diferente, ela flui. Vocês já não encontram as dores interiores, não veem mais aquela luta que traziam dentro de si. Vocês olham aos fatos, e eles passam diante dos seus olhos sem causar grande expectativa com antes.

E então vocês se perguntam se haveria algo errado em seus dias, que simplesmente passam, e vocês nem se lembram como foi. Vão executando seus afazeres, os mesmos de antes, pois nada mudou, mas fazem sem que tragam resistência às suas vidas, sem que encarem a vida de forma rude, sem que julguem a atitude daqueles que estão ao seu lado. Vocês observam a vida e já não lutam contra ela, aceitam que ela transite por vocês. E, naturalmente, ela se transforma diante dos seus olhos, sem que compreendam como isso se deu.

Essa, filhos, é a única e verdadeira libertação. E vejam quantos de vocês têm sonhos a realizar, e colocam condições para que eles se concretizem. Mas não percebem que, o que buscam nesse sonho, quando ele vier a se concretizar, não os trará alívio em seus dias. Será mera repetição de lições que ainda não aprenderam a superar.
Mas, certo dia, descobrem que está bom, e já não se questionam de como deveria ser, de como deveria fluir, do porquê algo não se faz como gostariam. Vocês olham para a mesma vida com aceitação, com liberdade, com fluxo, e tudo aquilo que era visto como problemas que lhes causavam medo, dúvidas e ansiedade, continua ali, mas agora vocês, muitas vezes, nem percebem esse algo que antes era motivo de tanta angústia, de tanta dor e sofrimento.

Isso é liberdade, é iluminação e bem-aventurança. É dessa forma que se desprendem do Eu Inferior, que não permitia que vissem a beleza da vida em seus dias, que os conduzia à luta, à irritação, ao mal humor, ao medo. E esses sentimentos eram os motivos da resistência de suas vidas, mas eles se foram, e então a vida se torna, como mágica, mais suave. A mesma vida, não outra, pois como disse: Tudo está da mesma forma, mas vocês mudaram.

Lembrem-se de uma passagem em que nosso irmão Jesus disse: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles seria o reino dos céus”. E compreendam que era justamente isso que ele dizia. Ele não dizia sobre a roupa que vestem, sobre os seus hábitos, sobre o lugar que frequentam, ou sobre a sua alimentação, mas ele dizia sobre esse sentimento em relação à vida, onde a resignação e aceitação pela vida, a torna mais simples, mais suave. Vocês se tornaram humildes de espírito.

E a partir desse sentimento de aceitação da vida, ela se torna mais simples. Vocês se desprenderam de parte do seu ego, do sentimento que os conduzia ao medo, ao controle, à insegurança, e agora agem com confiança. Transitaram parte dos seus seres do ego à presença Eu Sou. Trouxeram a cura para vocês mesmos, pois passaram a ter confiança e aceitação onde antes não havia.

A iluminação, meus irmãos, nada tem a ver com mediunidade, ou com dons paranormais, mas sim está ligada a esse sentimento de aceitação, humildade e resignação diante da vida. Pois apenas isso é que os trará a liberdade de estarem se utilizando de um personagem, mas ainda sim em paz e feliz.

E quando se depararem com situações como essas em suas vidas, se lembrarão dessas palavras, e não precisarão se perguntar porque algo que antes não fluía, agora se encaixa com tanta facilidade, não se perguntarão ondem erraram. E então, ao se lembrarem do que digo, dirão simplesmente: “Eu agradeço pelas lições da minha vida”. Vocês agradecerão com todo os seus corações, pois receberam um sinal do universo, meus irmãos, de que a bem-aventurança bateu às suas portas, e vocês compreenderam uma lição. Vocês se iluminaram naquilo que antes os restringia.

É algo tão simples, a iluminação, mas que sabemos que, na experiência material, os causam tanta confusão. Mas, filhos, esse é o processo, de simplesmente transitarem do medo à confiança, e então passarem a ver a mesma vida como algo simples, como aquilo que já não os conduz ao sofrimento, ou ao medo, como algo que faz parte da vida, e que, portanto, existe simplesmente para ser vivido.

Tudo que vivenciam é simplesmente para que, dentro de vocês, encontrem o reino dos céus a partir da bem-aventurança que ilumina os humildes de espírito.

Vocês encontram em suas vidas a lição da alma, tornando-se bem aventurados. Não é um aprender mental, mas um viver, porque todas as leis que vocês trazem da alma, são obscuras quando avistadas sob a perspectiva do ego.

Vocês julgam o ego, como se fosse um adjetivo ofensivo, um adjetivo negativo. Mas percebam que ele é apenas parte da materialidade.

Já os dissemos que, sem a existência do ego, não existiria a personalidade, e sem a existência da personalidade, também não existiriam vocês mesmos, manifestações do seu aspecto superior na matéria.

Nós os Mestres, somos percebidos como personalidades, pois vocês encaixam adjetivos nos mestres, e nós nos apresentamos em roupagens específicas, pois apenas assim é possível trazer os ensinamentos.

Mas isso não apaga a sabedoria e a compreensão de que todos somos a unidade, de que todos somos um.

Então, não há mal na experiência material, e não há mal mesmo no ego, ou na permanência do eu personalidade.

Vocês aprendem a se elevarem a um estado mais sutil de compreensão, de que não são a tal personalidade apresentada, mas isso não os impede de viverem tais personalidades. Como um jogo, como uma brincadeira, tornando a vida algo divertido, leve e doce.
Ao não se identificarem com as personalidades, vocês podem assumir diversas delas em uma só vida, podem trazer dos seus registros as informações necessárias para que se encaixem no meio que for necessário, e exerçam o papel que necessitarem.

Mas tudo isso apenas como um jogo de experiências, que é nada mais do que parte da encarnação.

E o ego, filhos, é o oposto da energia sutil desprendida da matéria. Mas isso não significa que é negativo, e sim que o ego é o que sustenta a existência da matéria, é o que sustenta a existência da personalidade, como agente necessário a promover as mudanças do planeta, que serão percebidas em um âmbito mais amplo apenas quando passarem a compreender isso que dizemos.

Não há mal em seguirem a vida assumindo personalidades, mas de forma desprendida e livre, divertida e alegre, leve e doce, pois assim é para ser a experiência, algo leve e que traga de fato sabedoria.

A soltura do ego se dará de forma gradual, e quando estiver completamente concluída, haverá a união com a manifestação superior de cada um de vocês, através do desprendimento total da materialidade, quando se unirão ao Eu Superior na sua manifestação plena.

Hoje vocês acessam e manifestam o Eu Superior mesmo em meio ao mundo material, como agentes a transmitir essa sabedoria, e trazer a transformação planetária. Mas são conexões, assim como vocês entendem as ligações telefônicas ou outros exemplos de comunicações desse planeta. Vocês estão aqui, na matéria, habitando o ego, o eu personalidade, mas apenas de forma temporária, a assumir a posição de canais, de transmissores da mensagem suprema.

Todas as vezes que aceitam essa verdade, que compreendem que não são essa manifestação, mas que isso está materializado apenas de forma provisória, vocês passam a habitar o corpo como visitantes temporários, e têm plena consciência disso. Dessa forma, aproveitam e vivem em alegria e paz, então o medo se vai completamente. Pois no lugar dele, a certeza e segurança de que isso é apenas temporário, traz a paz necessária para seguirem os seus dias apenas irradiando o amor.

Assim vocês permitem a conexão com o Eu Sou, e também abrem o canal de comunicação desse Eu Sou com o seu meio externo, a despertar também essa conexão naqueles que estão ao seu redor.

Assim trazem cada vez mais a transformação planetária tão esperada por todos.

O desafio está em viver a materialidade, mas livres das algemas do medo, permitindo que a personalidade se mostre, mas sustentada na sabedoria de que é apenas uma personalidade temporária, necessária para que alguma mensagem seja trazida, para que algo seja aprendido, e uma informação aglutinada com essa experiência. Esse é o propósito do Eu Personalidade: apenas permitir essa chegada do conhecimento através das experiências.

Não se cobrem, não se julguem e não pensem que devem se tornar espelhos do outro. A luz de cada um brilha de forma diferente, mas a união de todas elas, quando permitida fluir essa verdade que é a certeza de que habitam esse corpo de forma provisória, traz a libertação do medo, e a liberação do coração para que seja um canal a transmitir o amor e sabedoria de cada Eu Superior.

Manifestem a sabedoria do Eu Superior, mesmo que vestidos de ego ou de personalidades, mas compreendendo o que vocês realmente são, e assumindo a sua verdade.

Somos Serapis Bey e Kuan Yin

Canais: Thiago Strapasson e Michele Martini – 21 de junho de 2017.

Fonte: www.pazetransformacao.com.br