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sexta-feira, 1 de março de 2019

As certezas do coração – Parte II – José de Arimatéia


Do querer saber, a inércia se faz. Não nos permitimos mover a qualquer lugar.

Um passo damos a iniciar uma nova forma de viver, mas logo cessamos, a olhar para trás e pensar.

Então, assim estamos a pairar, nesse imenso lago onde nada está a se movimentar.


E nessa vida, impedimo-nos de transformar. Não somos capazes de ver nada se modificar.

Isso tudo, porque ainda nos julgamos pequeninos, a peregrinar por essa vida de tanto labor, que há de modificar tudo o que aprendemos, um dia, a acreditar.

E nesse movimento de leva e traz, permanecemos a estacionar, diante de tudo aquilo que está a se mostrar, como novas oportunidades que vem a trazer um novo olhar, diante de tudo o que trouxemos em nosso caminhar.

Pois sim. É verdade que trazemos muitas crenças, nascidas do medo de nos machucar, diante dos desafios que a vida impõe.

Mas precisamos aprender que nada há a temer, porque quem teme está a mercê da dor e impede a si mesmo de ser feliz com amor.

Lembre-se que de nada adianta estacionar, se a vida lhe traz tamanhos desafios a enfrentar, e tu não se cansas de olhar tanta oportunidade passar e, ainda assim, permanecer a apenas observar, sem ao menos experimentar, o sabor que a vida traz quando nos abrimos a receber a magia da vida quando esta se faz.

Esta se faz a promover lindas oportunidades de galgar mais grandes passos em direção ao novo ser.

Esse novo ser se mostra apenas no momento em que lembramos que estamos apenas a aprender. E como aprendizes, viemos a transformar nosso modo de ver, a vida e tudo que se mostra como dor, como medo ou dissabor, modificando-os e trazendo mais amor.

E nessa fé, nos agarramos para que possamos transformar e modificar o modo de olhar que estamos tão acostumados a praticar. Lembramos que tanto temos a modificar, e isso faz com que lembremos que pequeninos somos, pois, o grande Pai se faz luz apenas nos corações daqueles que pequeninos se fazem.

Ilusão alimentamos em pensar que grandes podemos nos tornar, quando tão pequenos somos diante do grande amor daquele que está a nos observar, a nos amparar e amar.

Quando nos reconhecemos como pequenos grãos de uma grande árvore que é Deus, nos abrimos para que o amor Dele adentre em nós.

Ele se faz presente quando O aceitamos como nosso Pai, e nada mais. Todo o resto são apenas distrações materiais. E tais distrações se fazem presente tanto mais quanto cada um se apega aos meios materiais, às ilusões que a vida pode oferecer, trazendo o reconhecimento e a satisfação enquanto nada preenche o verdadeiro coração.

O preenchimento da mente pode enganar, muitas vezes pode se mostrar falso, como eram também os processos de dor nos quais estávamos envoltos e distraídos quando permanecíamos agarrados nos meios materiais.

Mas a vida, meus filhos, se mostra cheia de oportunidades de recomeçar. E do recomeço se faz a nova condição daquele que perdido se encontrava, a dar voos rasantes, mas nunca a sobrevoar.

Esse aprendiz contentou-se com os rasantes voos e ali estava a se distrair, até que percebe o grande amor de Deus que o faz voltar.

Mas para isso, se faz necessário regressar ao estado original de aceitação e humildade, em que ele poderá se aproximar e nos preencher.

Quantos são aqueles que se perdem no labor da vida, se permitindo distrair com o que a vida nos traz, mas quando se cansam de caminhar, caminhar e não se completar, dão então um passo atrás, para que possam reiniciar, do princípio do amor e da paz, onde Deus poderá o banhar, derramar Seu amor e permear todas as camadas de ilusão que se formaram.

Tão resistente permaneceu esse ser, a caminhar lá e cá e nada encontrar. Se faz necessário o retornar. Para que então, permita que o amor o permeie novamente, a completá-lo em mansidão, entrega e amor. Tal carga de luz irá preenchê-lo, a ponto de curar suas dores e lamentações, a mostrar que os entraves que a vida estava a mostrar eram apenas ilusões. E que a felicidade estava apena a um passo de seu despertar.

Ele se abre e se entrega a Deus. Pois, quem se entrega a Deus, não tem pretensões. Ele apenas se abre ao que a vida lhe traz, para que, então, se faça mais um foco de luz a brilhar, no planeta, em nome da paz.

José de Arimatéia

Canal: Michele Martini – 25 de fevereiro de 2019.
Fonte: www.pazetransformacao.com.br