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domingo, 9 de setembro de 2018

Purificando as nossas raízes - Michele Martini


Há um momento em que nos deparamos com o sentimento de não saber o que pensar a respeito de absolutamente tudo. Ou absolutamente nada. O que podemos dizer é que carregamos uma sensação no peito, um aperto, e o chacra laríngeo com uma certa pressão, como se tivesse um grito a sair e está engasgado. Não sabemos o que ocorre, mas causa um desconforto intenso.


Uma leve ardência nas costas do lado direito próximo das costelas acompanha essa sensação.

A mente procura uma saída, procura soluções para algo. Mas esse algo não é encontrado. Não há nada para o que encontrar solução. Esse algo não existe. Mas a mente procura algo, procura uma razão, procura justificativas, explicações para essa sensação, mas não encontra.

Experimentar a técnica da Terapia Transformacional realmente é transformador, mas devastador.

E quando falo em devastação, não é algo negativo, mas positivo. É uma devastação do que sempre acreditamos que a vida fosse, de absolutamente tudo. É como se tudo estivesse em processo de destruição. E o coração busca por algo, permanece carente, perdido. A garganta reclama.

Você pode se deparar com sentimentos contraditórios, como o sentimento de estar só, de solidão e vazio que incomoda, o aperto no peito gera isso, uma sensação de vazio e de rompimento, de finalização. Mas ao mesmo tempo você não gostaria de estar com alguém, gostaria de permanecer só. Está em contradição.

Hoje cedo podei as flores. Agora percebo que a forma como as podei é a forma que eu também estou a ser podada, pois eu as podei ao extremo. Fiz uma poda grande, as reduzi apenas à raiz e um pequeno pedaço de caule, para renascerem dali.

Mestra Pórtia está comigo, me ajudando a compreender esse processo, ela mostra como a poda das flores está relacionada com meu processo de cura e vem a ensinar sobre a Terapia Transformacional.

Esse renascimento da planta virá como uma renovação, pois adubei a terra, dei nutrientes a essa raiz que já estava enfraquecida e sem forças para sustentar bonitas flores. Elas estavam há algum tempo bem fracas, com caules fracos e poucas flores. Mas agora não há mais nenhuma flor, não há caules, há apenas as raízes com terra adubada.

Porque é necessário fazer uma poda tão intensa nas plantas? Porque as vezes elas se enfraquecem e muitos jardineiros as removem completamente, até a raiz, e plantam novas? A raiz não pode ser aproveitada se for adubada corretamente e os caules removidos?

Sinto que há salvação para a raiz, pois de algum lugar terá que brotar o novo, a base teria que permanecer. Afinal, continuamos aqui encarnados em processos de cura espiritual. Remover a raiz toda seria nos suicidar e acabar com essa experimentação, para então começar outra exatamente igual mas com ainda mais sofrimento. Para tudo há salvação, se na raiz há vida, dali pode surgir o novo.

O máximo que pode acontecer é essas raízes se tornarem mais adubo, e se transformarem em terra. Mas os caules removidos, eles sim, já estão em processo de se transformarem em adubo para a nova terra das plantas do futuro.

Mas não para as plantas do presente, elas precisam respirar, os caules velhos não servem a elas, e eles não estão preparados para adubar a terra ainda, precisam ser misturados com outros elementos e ainda demorará um tempo para virarem adubo.

Mas o que isso representa na nossa vida? Será que não estamos permitindo que nasça o novo em nós porque nos recusamos a soltar os caules e as flores? Elas eram belas, mas já estão murchas, já é hora de se transformarem, e darem lugar ao vazio. Pois do vazio surgirá o novo.

Carregamos múltiplas ramificações, como as plantas carregam seus caules, e esses não são eternos, assim como as ramificações que carregamos também não são. Elas nos mantém presos ao ciclo de sofrimento, elas sustentam as ilusões em nossas mentes. Nenhuma dessas ramificações deve ser mantida, todas elas devem ser removidas. Mas uma a uma.

Sinto que é chegado o momento de remover todas elas, de fazer uma poda drástica, de limpar tudo. Essa limpeza total é necessária para que dali nasça algo completamente inesperado. Não há mais como sustentar antigas ramificações, para que seja mantida certa segurança. É necessário romper com todas elas, e experimentar esse vazio, enraizar-se.

O que seria enraizar-se? Seria quando removemos todas essas ligações externas e nos voltamos a nós mesmos. Mas um enraizamento sem adubo seria prejudicial, pois nos voltamos tão intensamente para dentro de nós, que podemos nos perder em sofrimento e efeito catarse. Precisaremos nos deparar com algumas situações guardadas em meio as raízes e que repetidas vezes vinham a gerar o nascimento de caules doentes. Mas não há como podar a raiz. A raiz é nossa essência. Não podemos nos livrar dela.

Como purificar a raiz? Como identificar os pequenos veios dessa raiz que estão carregando a doença da planta, e a estão enfraquecendo?

É necessário em primeiro lugar remover os caules e as flores, remover as folhas, remover tudo!

Remova tudo e volte-se para dentro da raiz. Agora você não tem a distração das folhas, do caule e das flores para ocupar a sua mente. Você está obrigado a olhar para a sua essência, para a sua verdade interior. E ali há muita informação que você nega em si mesmo, há crenças, há comportamentos condicionados que o mantém aprisionado na ilusão.

A grande dificuldade não é em olhar seus defeitos, pois esses você já percebeu olhando os seus espelhos nessa vida, na experimentação com os relacionamentos, com o mundo em sua volta. Olhando do lado de fora você tem todos os recursos para identificar seus defeitos. Mas ainda assim há as crenças e os condicionamentos da mente destrutivos que você não verá do lado de fora. Você frequentemente os expõe do lado de fora, mas não é capaz de perceber a sua atuação, pois você está tão enraizado com esse comportamento, que ele faz parte de você.

Você apenas percebe caules, folhas e flores adoecerem, enfraquecerem. Mas não sabe o real motivo para isso estar acontecendo. Você não é capaz de identificar tudo isso. Você apenas será capaz quando remover tudo isso que está exposto, remover folhas, caules e flores que parecem estar saudáveis e bonitas, mas na verdade não estão. Estão a permanecer saudáveis apenas por curto tempo e logo adoecem e enfraquecem, e você não é capaz de se manter em equilíbrio. É jogado em ondas, em momentos de altos e baixo vibracionais e mentais, onde há instantes que tudo é lindo e você está feliz, e outros que você perde todo o seu vigor caindo de um prédio de dez andares de uma vez só.

Você pensa: Não há explicação para isso! Pois você tem observado seus comportamentos e os seus espelhos, e tem tratado todos os desvios. Não há mais o que possa ser feito com relação a isso. Você não é capaz de identificar a causa desses desvios, desses altos e baixos na sua vida.

Aparentemente tudo está bem, mas ainda assim você não se sente bem, você sente que algo está errado. E isso é sentido mais intensamente quando você remove os fios externos, os caules, folhas e flores, é quando você está só consigo mesmo, distante do mundo externo, que você percebe os processos que ocorrem dentro de ti.

Não há um tempo determinado para isso. Alguns dizem ser 21 dias, ou mesmo uma semana, ou um dia. Mas o fato é que um longo período a sós consigo mesmo é devastador. É quando você faz a poda radical e permanece apenas a raiz.

Enfim, o próximo passo será compreender como investigar essa raiz. Agora é só você e ela. Não há distrações, nada a impedir. E por isso você sente desconforto, sente a sede de transformação. Sente intensamente o chacra cardíaco e laríngeo a gritar pedindo socorro, pedindo extravasamento da energia.

Perceba como agora você é capaz de identificar esses processos, os pontos específicos que precisam ser trabalhados. Então você pode atuar de forma a liberar tais padrões mentais que carrega, transmutá-los.

Direcione para os pontos que sente desconforto, a chama violeta-cristal.

Estabeleça uma conexão entre os pontos identificados com a energia violeta-cristal. Plasme cristais etéricos violeta-cristal e os acople em cada um dos pontos. Comande que permaneçam sustentados e conectados entre si na contagem de 1 a 3.

Esses cristais acoplados atuarão a purificar e transmutar tais restrições na medida que os processos mentais e condicionamentos são dissolvidos, acentuando o efeito catarse e promovendo aceleração do processo. Serão o adubo para a nossa raiz.

A transformação será percebida porque você não mais terá os altos e baixos. Esses aspectos purificados serão mostrados através das experiências gradativamente. Você estará preparado a assumir o posto de Mestre de si mesmo e das energias que carrega.

Gratidão pela sua orientação, inspiração e amor ao me ensinar tudo isso amada Mestra Pórtia.

Michele Martini

Fonte: www.pazetransformacao.com.br