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terça-feira, 18 de julho de 2017

FAQ – Estou experimentando diversas manifestações mediúnicas, o que sinto é verdade? Qual o propósito de todas essas habilidades?




Quero saber se o que eu sinto é verdade e qual é o propósito de tanta habilidade? Consigo falar com espíritos e conversar com eles. Por vezes consigo ouvir chamarem o meu nome sem ter pessoas. Consigo sentir energia na ponta dos dedos das mãos e no couro cabeludo, nas pernas e na barriga. Se eu abraçar alguém consigo transmitir essa energia, as pessoas começam a sentir. Já escrevi algo que me disseram para escrever. Já transmiti mensagens de espíritos desencarnados para seus parentes.

Resposta:

As manifestações mediúnicas são surpreendentes. É um processo maravilhoso e abençoado e a cada dia o médium se torna capaz de receber novas surpresas e estímulos a continuar auxiliando e se doando.
Mas é necessário primeiramente que o médium encontre seu equilíbrio, sua paz interior e que, acima de tudo, se ancore no propósito de doação. A humildade, eis a pedra fundamental do médium, a soberba espiritual, eis o ponto de queda moral.
Porque doar o seu campo energético para uma comunicação é algo muito sério, e o médium precisa entender que esse fenômeno gera consequências em sua vida, em seu corpo, casa, família, tudo.
Por isso, antes da mediunidade, faz-se necessário encontrar o equilíbrio de si próprio. Faz-se necessário iniciar a busca interior, o silenciar interior, buscar a compreensão de que cada ser está inserido em sua própria experiência, e que um só médium não é capaz de resolver o problema de todos os necessitados. Pensar assim é egoísmo e falta de caridade consigo mesmo.
A maioria dos médiuns veem como uma doação de si mesmo a busca incessante pela entrega, mas isso no fundo é nada mais que o ego impondo mais uma personalidade. Aquele que se doa à comunicação extradimensional deve ser um mero instrumento do divino, como instrumento de trabalho dos guias espirituais, deve-se respeitar os limites do trabalho espiritual, se ver como mero instrumento que primeiro se respeita e segundo respeita o livre arbítrio daquele que está a trabalhar.
Quando se vê ou se sente um espírito sofredor e se deixa com que a sua energia de sofrimento o afete e o envolva na sua dor, deixa-se de respeitar a equipe espiritual que dirá se é ou não permitido atuar nesse atendimento.
Por isso, é necessário em primeiro lugar estabelecer uma conexão firme e confiante com os seus guias espirituais, para que eles estejam sempre com aquele que se doa ao trabalho e, assim, possa direcionar o trabalho para apenas aquilo que seja permitido por Deus, e que estiver na medida da capacidade mediúnica, respeitando o seu corpo, a sua saúde, a sua vida, em primeiro lugar.
Portanto, o médium tem responsabilidade de buscar momentos de silenciar a mente, de estabelecer conexão com os seus mentores e entregar sua vida para que seus guias e sua equipe o guiem, que direcione os caminhos, mas que também respeita seus próprios limites.
Assim dentro de seu próprio equilíbrio, consciente de suas faculdades mediúnicas, a equipe espiritual poderá direcionar os trabalhos. Portanto, o primeiro trabalho é dessa busca interior, diariamente, a cada minuto. É um trabalho de responsabilidade.
O trabalho deve ser feito sempre com autorização, sempre respeitando o aprendizado de cada ser, jamais indo além do permitido e acima de tudo reconhecendo a divindade em cada fonte de consciência, sem julgamento. Pois assim não se contraria a vontade e o tempo divino para o aprendizado de cada ser, preservando a si mesmo, e permitindo que o seu aprendizado também ocorra respeitando o seu tempo e a sua saúde.