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sábado, 17 de junho de 2017

Precisamos carregar os fardos pesados? - Michele Martini


O sentimento hoje é de gratidão, por toda oportunidade apresentada, a oportunidade da experiência de vida, onde sim, permanecemos por várias eras afastados da essência do amor, do resgate do primordial que sempre teve morada dentro dos nossos corações.


Gratidão também pela presença e exemplo sempre trazido pelo amado mestre Saint Germain, que nos lembra por vários momentos da alegria da vida, de nos desligarmos da cobrança que colocamos em nós mesmos do que é certo ou errado, e então nos entregarmos ao prazer de simplesmente dançar uma música brega debaixo do chuveiro, e tudo bem. Quando entramos na energia da leveza, do desprendimento da personalidade.




Dentre toda a turbulência da vida, está a oportunidade de regeneração, através das experiências que são trazidas como novas chances de um recomeço.


E sim, passamos a acreditar e comprovar que o amor pode acontecer novamente, que pode ser resgatado do fundo da nossa essência, diante de tanta solidão que foi cultivada dentro do coração, e mesmo diante da vida apresentada. O fato é que não somos felizes quando separados da essência do amor. Esse amor que esteve sempre dentro de nós, mas que era encoberto pelo apego à nossa própria personalidade.

A essência do amor está no encontro com a nossa verdade, aquela que é manifestada apenas através das experiências da vida, vividas com sabedoria e equilíbrio. Pois gradativamente vamos nos soltando do que acreditamos que somos, e então nos abrimos ao amor.

As experiências são trazidas como provas, a provocar o resgate da verdade interior. Por tantas vezes somos provocados a afirmarmos as nossas posições dentro de uma personalidade conhecida, aquela à qual nos apegamos, mas que já não mais há propósito de continuar. Deixamos o nosso Eu Personalidade ditar as regras de nossa vida, alimentar a nossa certeza e nos dar um lugar confortável para viver, pois nos apegamos a uma imagem que criamos de nós mesmos. Mas chega o momento em que essa personalidade é dissolvida, pelas experiências e aprendizados que vamos agregando pela vida, e então aquela personalidade que era o nosso refúgio, a nossa segurança, torna-se esmagadora em nossa vida, e então é chegado o momento de soltá-la, de renunciar.

Porque não ser um pouco de cá e um pouco de lá? Porque não ser um pouco de brega e de chique? Porque não deixar de lado uma imagem tão forte que foi percebida apenas com o fortalecimento de uma personalidade, para experimentar a vida de outra forma? Para trazer novas experiências? Enfim, a somar para a construção de um Eu Maior, que é apenas a manifestação do todo que há dentro de cada um de nós?

Esse todo é representado pela voz de Deus, que fala através dos nossos corações, a repetir sempre, e chamar-nos ao retorno à Fonte.

Essa Fonte é a que traz o estado de plenitude, o sentimento do todo, do pertencimento, do tudo e do nada. Mas apenas da entrega completa ao acaso das experiências. Firmando a sabedoria ultrapassando através das manifestações do ego, e que não mais tem forças para ditar as regras nas nossas vidas.

Chega o momento em que simplesmente nos despedimos das antigas personalidades, e que então nós nos entregamos a receber novas experiências, que sim, podem trazer novas ilusões, a nos aproximar de outras personalidades.

E no fim tudo dá certo? Sim, sempre dá certo quando damos o primeiro passo em direção a soltar aqueles Eus que acreditávamos que éramos. Quando nos rendemos. Quando enfim derrubamos aquele Ser que na verdade era apenas a manifestação de comportamentos trazidos do passado, de experiências antigas, mas que já não tem mais espaço para se manifestarem no presente.

Essa libertação é a rendição da personalidade diante das experiências que se apresentam, trazendo novas oportunidades de recomeço, de mostrar o novo, de manifestar o início de uma Nova Era.

Essa Nova Era não é aquela coletiva que todos materializam mesmo que de forma instantânea em suas mentes, mas sim aquela que promove a transformação interior, mas que também nasce da transformação interior, da rendição do Eu Personalidade.

É chegado um momento, em que decidimos de fato deixar no passado tudo o que pensamos que somos, ou aqueles adjetivos pelos quais somos conhecidos, para nos entregarmos ao novo que se abre em novas experiências.

Essas experiências trarão de forma cada vez mais evidente as provas de que estamos sim no caminho certo.

Olhamos para trás e o que vemos? Apenas a saudade. Aquela saudade da personalidade que ficou no passado, mas que ainda resgatamos alguns pontos, poucos, pois eram tantos aprendizados necessários, mas esses poucos pontos que olhamos atrás e decidimos levar conosco nessa jornada, são aspectos superiores de pequenas tentativas de manifestação do Eu Superior, que traziam momentos de alegria e plenitude, mesmo que em meio à turbulência da experiência diária de aprendizados.

Ao Mestre Saint Germain agradeço, pois sempre trouxe essa visão leve e descompromissada da vida. Aquela visão de quem está apenas para viver a experiência e nada mais. De forma leve, solta.

E de certa forma passamos a perceber que os pequenos relances de saudade podem sim fazer parte da nossa nova bagagem, aquela que levaremos adiante sempre. E que esses relances sempre permaneçam em nossas vidas, a nos mostrar o caminho da plenitude e da alegria, e que, aos poucos possamos ir eliminando cada vez mais os aspectos enraizados de personalidade, aqueles que não queremos mais carregar. Pois aos poucos vamos aprendendo que podemos sim decidir carregar apenas as penas leves e não os fardos pesados. Essas penas leves é que nos trarão sempre a lembrança de que a vida é leve e solta.

Podemos escolher sim levar a vida mais leve, mas para isso é necessário deixar para traz o medo e aquela personalidade que acreditamos ser.

Não precisamos guerrear sempre, nem para sofrer, nem para provar de que somos capazes. Precisamos apenas olhar para o que nos faz felizes e então tornar isso cada vez mais permanente em nossas vidas.

São pequenas escolhas, mas é quando trazemos a força do guerreiro, a caminhar sempre adiante, em frente, rumo ao desapego da personalidade, e à abertura das novas possibilidades, que poderão nos mostrar como é viver sem sofrer de forma definitiva.

É sim possível ser feliz, é possível ser apenas a leveza e a alegria. É possível sim ser apenas paz e plenitude, apenas a alegria solta de viver. Mas para isso é necessário o soltar da personalidade, e compreender que há apenas um fio que nos prende a esse peso, e ele é chamado ego.

Somos sim provocados pelo ego, somos levados ao limite da nossa capacidade de receber todos os reforços externos necessários que nos manterão dentro daquela personalidade ilusória. Mas apenas nos libertaremos quando percebermos que o que nos mantém ali é apenas uma ilusão.

Pode ser chamado de medo? Quem sabe..., mas o principal motivador e fortalecedor do fio que nos une à personalidade é definitivamente o ego.

Os únicos fardos que carregamos são aqueles aspectos de nossa personalidade, mas que sabemos, a personalidade é apenas a manifestação de traumas, dores, experiências passadas, que estamos aqui para limpar, esvaziar, e nos libertarmos.

Quando rompemos essa ligação, nos soltamos ao sentir do fluir e da leveza da vida.

Vamos viver leves. Soltos, plenos e felizes!

Michele Martini - 17 de junho de 2017.

Fonte: www.pazetransformacao.com.br